MINHA HISTÓRIA
Alex Fisberg é jornalista e fotodocumentarista com uma ampla trajetória atuando com organizações sociais no Brasil e pelo mundo. Seu trabalho é marcado por um olhar crítico, reflexivo e propositivo e tem como objetivo promover impacto social e ambiental positivos.Como documentarista, procura retratar os males que causamos ao nosso entorno, provocando as pessoas a repensar a forma como nos relacionamos com o outro e com o mundo à nossa volta, na tentativa de mobilizar uma mudança social efetiva.
Seu campo de atuação está em constante expansão, levando seu olhar para temas e lugares cada vez mais atualizados com os desafios que a sociedade enfrenta. Seu trabalho já o levou a viver em locais como Índia, África, Oriente Médio e Amazônia, onde teve a oportunidade de desenvolver projetos autorais que uniram fotografia, escrita, documentário e, algumas vezes, a ficção para gerar novos entendimentos nos campos social e ambiental.
Em 2014, após viver por onze meses entre Índia e Oriente Médio, foi ao leste da África conhecer iniciativas sociais locais e expressões da pobreza. Passou outros quase cinco meses viajando pelo Egito, Etiópia, Quênia, Uganda, Ruanda, Tanzânia, Zanzibar e Dadaab (Somália). Dessa experiência nasceu seu segundo livro reportagem ‘Mochila Social – Um olhar sobre desenvolvimento social e pobreza no leste da África”, ilustrado com imagens captadas pelo fotógrafo ao longo dessa vivência. O livro conta a experiência do empreendedorismo social, pobreza e projetos de impacto social na região.
Em 2016, tocado pelo rompimento das barragens da Samarco na região de Mariana-MG, esteve no local para documentar o impacto na área e registrou no projeto “Nossas Barragens de Lama” os efeitos ambientais e sociais da tragédia. A exposição, que também contava com textos ficcionais como “E se as Barragens ficassem na Av. Paulista?”, ganhou vida no Conjunto Nacional, em São Paulo, e convidou à reflexão sobre os efeitos que uma tragédia dessa proporção tem em nossas vidas. Um chamado para que as pessoas não fechassem os olhos para a dor do outro e um lembrete contundente sobre como estamos todos de alguma forma conectados a esse desastre, por meio de um modo de vida que permite que coisas como essas não só aconteçam, mas voltem a se repetir.
Em 2020, em meio à pandemia, se dedicou ao projeto “Tempos Descartáveis”, onde calculou o quanto de plástico havia consumido até os seus 34 anos da época e, na sequência, coletou o equivalente a essas embalagens e as fotografou em sua residência. As fotos mostram o fotógrafo imerso em um mundo de garrafas plásticas, embalagens de shampoo, buchas e produtos de limpeza, trazendo de forma impactante o tema do acúmulo e excesso de uso de plástico no dia a dia.
Seu mais recente trabalho, “Big Bang”, de 2024, teve início oito anos atrás. Nele, Alex tem documentado o rio Pinheiros ao longo de todo esse período de maneira inusitada: imagens aéreas que trazem uma estética abstrata, lembrando o universo e a Terra vista à distância, para fomentar a reflexão sobre o papel de cada um de nós - e principalmente das empresas e do Estado – no descarte de todos aqueles resíduos que vão parar no rio. Assim como a primeira explosão do big bang, que deu origem ao universo, as fotos de Alex também propõem um recomeço: uma oportunidade de se conectar com o problema e se desesperar um pouco com a destruição que nós mesmos estamos causando no planeta. O objetivo é repensar a maneira como consumimos e “começar de novo”.
Além dos trabalhos como fotógrafo documental, Alex atua também como consultor na área de estratégia de impacto social e ambiental, contribuindo com empresas, ONGs e indivíduos que estão em busca de gerar benefícios para o mundo, reduzindo seu impacto negativo.