Esse assunto do plástico não sai da minha cabeça. Confesso que não sei muito bem como ele foi parar ali, já que me considero daqueles céticos, meio chatos e pragmáticos. Não sou exatamente a definição de um ecochato - nem de um ecolegal. Mas não deu pra evitar, a obsessão foi crescendo e as ideias vindo sem parar. Nem sei dizer a ordem das coisas, mas depois que comecei a ficar obcecado com a presença do plástico no dia a dia, passei por todos os estágios das minhas obsessões: observação desenfreada, culpa individualizada, descrença humanitária, desespero insolúvel, perspectivas impossíveis e inacreditáveis, humor como válvula de escape, pesquisa obsessiva, sistematização de soluções possíveis, construção de infinitas frentes de exposição do tema, escrita de textos raivosos, escrita de textos mais acalmados, fotografias toscas, fotografias que se salvam e o desespero final pela organização de todo o material.